Hoje em dia, vivemos numa sociedade e num mundo de
negócios/trabalho, extremamente competitivo. Onde tudo é muito rápido. Onde
cada um tenta estar à frente do outro e se distrair-se, já lhe “passaram a
perna”.
Este condicionamento, torna implícito que as pessoas sejam
multifacetadas. Que tenham a capacidade de fazer uma panóplia de funções em
detrimento da especialização e ser bom ou muito bom, apenas numa determinada
especialidade.
Por vezes pode-se pensar que este cenário é muito negativo
ou positivo, mas na realidade não tem nada de mal. Pois uma pessoas que tenha a
habilidade de ser bom em muita coisa, vai igualmente ter a oportunidade de se
poder enquadrar em vários serviços/trabalhos com muita menor resistência.
Então a questão que pode colocar neste momento é: Qual a
regra para se tornar bom ou muito bom, em alguma coisa ou em várias coisas?
Todos nós já conhecemos pessoas, que por vezes são consideradas
fora do normal. Por terem a facilidade em fazerem uma colecção de coisas e
ainda por cima, sem ter muitos cursos ou especialização alguma. Simplesmente
são chamados de autodidactas. Como se costuma dizer: “parece que nasceram
ensinados para tudo.”
A verdade porém é outra. Nasce-se sem ensinamentos
específicos, diplomas ou prática em alguma coisa. Basicamente tem o “dom” do
raciocínio (excepto caso nasça com algum tipo de deficiência mental), um
celebro livre e disponível para aprender tudo e de tudo.
Imagine uma esponja seca, em que quando se encontra com uma
simples gota de um liquido, imediatamente absorve-a. A esponja não questiona se
é de água, sumo, vinho ou outro liquido qualquer, simplesmente permite
impregnar-se por ele.
Será que o mesmo acontece ao cérebro humano? Lembre-se que
nesta tenra idade (quando se nasce), ainda não existe, de forma consciente, a
habilidade de julgamento. Pois esse aprimora-se com o evoluir das aprendizagens
que vai adquirindo (princípios passados pelos pais ou pessoas que identifica
como referencia; a escola/universidade; curso técnicos; formações e workshops;
sociedade em geral).
Possivelmente o cérebro humano é tal e qual uma esponja.
Tudo que vê, ouve, pensa ou sente, absorve. Inicia o processo de tentar replicar
uma vez e mais outra e ainda mais outra vez, até atingir o ponto que entende,
ser aquele que lhe vai trazer satisfação das suas necessidades.
Tal como acontece com a criança, quando inicia o processo de
caminhar. Tenta se por de pé, agarra-se a algo (usualmente, até para manter o
equilíbrio relativamente ao peso da cabeça), depois arrasta ou levanta de
imediato um pé e apercebe-se que colocando-o à frente do outro, faz a mesma
magia que vê dos seus pais, desloca-se de uma lado para o outro. UAUU
Mas quando cai, por se ter desequilibrado, até pode ficar
com receio ou medo de voltar a cair, pois possivelmente possa ter batido com a
cabeça no chão, mas rapidamente se apercebe que todas as pessoas à sua voltam
continuam a deslocar-se e ele tem que conseguir também. Assim volta a tentar,
até receber a recompensa, por parte de quem o está a ver, com os abraço, beijos
e a festa que fazem por ter conseguido.
Enquanto adultos, mantemos este processo de aprendizagem –
vê, faz.
Assim chegamos à formula para se tornar bom em algo:
aprender e treinar, replicar muitas vezes o mesmo exercício onde pretende ser
bom. Vezes sem conta até atingir o ponto de superação.
Lembre-se que a base do ÊXITO é a REPETIÇÃO.
Será que é isso que faz o Cristiano Ronaldo; Tiger Woods; a
Beyoncé; Roger Federer, os Metallica, o Tony Robbins . . . treina, repete,
treina, repete, treina . . .
Como se sabe que está atingir esse ponto (que lhe chamo de:
“ponto caramelo”)?
Quando em cada vez que tentar, mais uma vez, atingir o
sentimento de surpresa, satisfação, admiração pelo seu desempenho e o resultado
obtido.
Quanto mais valor emocional, atribuir a cada conquista
pessoal, por se ter superado mais perto vai estar do seu “ponto caramelo”.
Estou certo que já em alguma altura, vivenciou esse sentimento. Só tem que
relembrar o quanto prazeroso o foi para si e agora é só voltar a criar as
condições ou circunstancias para o voltar a sentir.
Se alguma vez, vai atingir esse ponto?
Vou-lhe dizer que possivelmente não, por mais estranho que
lhe possa parecer, mas isso é bom. Pois isso é sinónimo de que tem sempre algo
mais aprender, melhorar e a aperfeiçoar-se.
Esse é o sentido do Ser Humano – constante superação.
Daí ser importante ter um profissional, que tenha competências
para fornecer-lhe ou conduzi-lo às estratégias operacionais e motivacionais,
para que nunca saia do seu rumo e manter-se focado no seu caminho à Excelência
Pessoal.
Resumindo – então para se tornar bom ou muito bom em algo
tem de:
- Aprender;
- Treinar;
- Repetir;
- Repetir;
- Repetir . . .
(durante este processo, se lhe for possível, ter um Coach ou
mentor ao seu lado).
Após esta explicação, surge um outro problema que usualmente condiciona as pessoas: tempo, durante quanto tempo tem que se estar neste processo? Pois bem, a vida toda ou o tempo que você quiser. Apenas a sua vontade em treinar e repetir, vão determinar o seu tempo e nível.
Como está aperceber-se todo este processo é basicamente
simples, concorda? Pode aprender qualquer coisa que queira, pode treinar,
repetir, repetir e voltar a repetir, mas nunca sentir satisfação. A verdade é
que está na realidade está a faltar um “ingrediente” que é fundamental. Esse é
aquele que na sua ausência, a importância que deveria ser atribuído em cada
conquista, vai ser desvalorizado. Ele é:
- Ter GOSTO. Ter PAIXÃO no que faz.
Mas neste momento pode muito bem pensar: "Isto é tudo muito lindo, mas eu nem gosto do que faço!" Se o seu pensamentos foi nesse sentido, acabou de expor a solução que necessita.
Deixe-me contar-lhe uma história que vai trazer-lhe a explicação da minha afirmação.
Há muitos anos atrás, aprendi uma lição que acabou por fazer todo o sentido, para com que hoje seja quem sou. Quando iniciei no mundo das vendas D2D, eu era uma pessoa acanhada, introvertida e tudo que envolvesse comunicação directa com outras pessoas que não as conhece-se anteriormente, como devem calcular, tinha enormes dificuldades - comparado com os dias de hoje, até parece incrível ou mesmo como impossível, mas é a mais pura verdade. Imaginem uma pessoa a fazer vendas em qualquer lado, abordar pessoas na rua e a entrar em lojas, escritórios, armazéns e mais tarde nas casas delas, sendo acanhada! Tá visto que não era o meu trabalho de sonho, mas isso não me impediu que acabasse mais tarde, por abrir empresas do mesmo ramo de actividade (V.N. Gaia, Aveiro e Leiria) - já lá vão 26 anos.
A grande lição que me transmitiram naquela altura, quando o meu grande desafio era ter uma função, que de todo me sentia inconfortável e muito longe de alguma vez vir a sentir prazer ou sentimento de vitorioso. A lição: Se não gostas do que fazes, aprende a gostar e logo sentiras prazer e mais facilmente atingirás a tua realização pessoal (voltarei numa proxima publicação, abordar este tema com mais pormenor).
Ter GOSTO. Ter PAIXÃO no que faz.
Sem esse ingrediente, não existe prazer.
Boa superação.
Vamos ao Ataque.
Paulo Renato